Jigoro Kano quando começou a treinar Jujutsu




Na foto Jikoro Kano, aos 17 anos quando começou a treinar Jujutsu. Desde criança Kano sempre foi um aluno destacado por suas habilidades intelectuais, estudou em turmas mais avançadas para sua idade e com alunos mais velhos em importantes colégios. 
Em 1873, começou a estudar alemão e inglês , foi nesse período que Kano era frequentemente alvo de brincadeiras maldosas dos alunos mais velhos (hoje em dia seria usado o termo bullying) devido à sua baixa estatura e grande capacidade intelectual. ” ..a dificuldade real que encontrei foi o equilíbrio de poder que governava a irmandade escolar. De acordo com o sentimento da casta guerreira, a mais forte imposta dominação sobre os mais fracos. Para meu grande pesar, tive que sofrer com esse estado de coisas..” Kano sentia-se incapaz de se defender de alunos mais velhos e mais fortes, o que feria sua honra por ser filho de samurai. Começou a praticar esportes desde cedo (o Basebol, remo e ginástica, todos esportes ocidentais que foram introduzidos nas escola de elite em que ele estudava), visando se fortalecer, mas ainda não conseguia fazer frente aos colegas das escolas onde estudava em regime de internato. Foi então que ouviu falar pela primeira vez em Ju-Jutsu, mas ainda levaria alguns anos para começar a praticá-lo. 
A escolha pelo Ju-Jutsu, não era tão fácil, pois estas práticas haviam perdido o prestigio, em parte por causa do crescimento das armas de fogo que haviam modificado bastante as formas de combate, em parte pela grande valorização da cultura ocidental com o desprezo de toda cultura japonesa da Era Edo. Apesar do seu porte fragil, Kano-sensei logo se revelou um grande estudante de Ju-jutsu.

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“ Eu estudei jujutsu não somente porque o achei interessante, mas também, porque compreendi que seria o meio mais eficaz para a educação do físico e do espírito. Porém, era necessário aprimorar o velho jujutsu, para torná-lo acessível a todos, modificar seus objetivos que não eram voltados para a educação física ou para a moral, nem muito menos para a cultura intelectual...”
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Fontes: Livro O espirito do Judo

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